O DHS não apresentou o motivo da saída de Richardson, que substituiu Cameron Hamilton, anterior diretor da agência afetada por despedimentos em massa de funcionários, cortes de financiamento a programas e mudanças drásticas nas políticas decididas pelo governo de Donald Trump. 

Em declarações à AP, o DHS apresentou agradecimentos a Richardson “pelos seus serviços dedicados”, desejando-lhe "contínuo sucesso no seu regresso ao setor privado”. 

Antigo oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, que serviu no Iraque e no Afeganistão e também liderou o gabinete do DHS de Combate às Armas de Destruição Maciça, Richardson não tinha qualquer experiência prévia em gestão de emergências quando assumiu o cargo de diretor interino. 

O antecessor, Cameron Hamilton, foi demitido um dia após declarar a uma comissão orçamental da Câmara de Representantes que não acreditava que a FEMA devesse ser extinta, divergindo da política do Presidente Donald Trump. 

Richardson assumiu compromisso com a política de Trump de transferir para os estados mais responsabilidades na recuperação de desastres e disse aos funcionários da FEMA que "passaria por cima" de qualquer membro da equipa que contrariasse esta missão. 

A eficácia de Richardson na liderança da agência foi posta em causa por membros do Congresso e funcionários da FEMA, segundo a AP. 

Questionado por uma comissão do Congresso sobre a razão de, após as cheias de julho que mataram pelo menos 136 pessoas no centro do Texas, ter chegado ao local apenas uma semana depois, Richardson disse ter-se mantido em Washington, D.C. a "derrubar as portas da burocracia". 

Pressionado pelos congressistas, afirmou que estava a acampar com os seus filhos quando as cheias começaram, no feriado de 04 de julho, e que inicialmente ajudou a gerir a resposta a partir do interior da sua carrinha.