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Covid-19: Brasil adia para 2021 censo demográfico

LUSA
18-03-2020 00:27h

O Brasil adiou para 2021 o censo demográfico do país, cuja primeira etapa estava agendada para o próximo mês, devido ao avanço do novo coronavírus, anunciou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A decisão leva em consideração a natureza de recolha da pesquisa, domiciliária e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional", indicou o IBGE em comunicado.

A primeira etapa do censo tinha início agendado para abril próximo, estando prevista que fosse posteriormente replicada em polos regionais até ao mês de julho.

Dessa forma, o próximo censo demográfico terá como data de referência 31 de julho de 2021, com a recolha de dados a decorrer entre 01 de agosto e 31 de outubro do próximo ano.

"Para a realização da operação censitária em 2021, o IBGE estabeleceu formalmente com o Ministério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020 em prol das ações de enfrentamento ao coronavírus. Em contrapartida, no próximo ano, o Ministério da Saúde realocará orçamento no mesmo montante com vista a assegurar a realização do censo pelo IBGE", acrescentou o instituto em comunicado.

Para este ano, o orçamento para o censo da população, que é feito a cada 10 anos e tem abrangência nacional, era de 2,3 mil milhões de reais (420 milhões de euros).

O Brasil tem 291 casos confirmados do novo coronavírus e monitoriza 8.819 casos suspeitos, após ter sido anunciada na terça-feira a primeira morte causada pela Covid-19 no país, informou o Ministério da Saúde.

Segundo o Governo brasileiro, a idade média dos infetados é de 42 anos, sendo que o país já descartou 1.890 casos suspeitos.

São Paulo continua a ser o estado mais afetado pela Covid-19, com 164 infetados, seguindo-se o Rio de Janeiro com 33 casos confirmados.

Estes são também os únicos estados brasileiros que registam casos de transmissão comunitária, que é quando há uma maior difusão do vírus, e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a trajetória de infeção.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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