Celebra-se hoje, 12 de novembro, o Dia Mundial da Pneumonia. Estabelecida em 2009, data alerta para doença que mata três milhões de pessoas por ano, entre as quais 476 mil crianças, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal Continental, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção-Geral da Saúde, as pneumonias são a principal causa de mortalidade respiratória.
A prevenção da doença pneumocócica (que engloba a pneumonia) é fundamental, uma vez que, além de ser potencialmente grave, pode ser contagiosa, através de tosse ou espirros, colocando em risco os doentes e todos os que possam estar em contacto com quem tem a doença.
A pneumonia é uma das principais causas de morte em crianças menores de cinco anos, apesar de ser facilmente evitável e tratável. A principal forma de prevenir esta doença é a vacinação. É fundamental cumprir o esquema completo de vacinação, que consiste em quatro doses, administradas nos primeiros 15 meses de vida.
Prevenção vacinal
A propósito do Dia Mundial da Pneumonia, Carlos Robalo Cordeiro, Diretor do Serviço de Pneumologia A do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), elogiou no dia 9 de novembro, à margem XXXIV Congresso Nacional de Pneumologia, as campanhas públicas realizadas nos últimos anos relativas às patologias respiratórias mais prevalentes, que permitiram um aumento significativo da vacinação.
«As campanhas tiveram algum efeito em vários aspetos, por exemplo promoveram bastante a vacinação, que aumentou muito nos últimos anos, sobretudo contra a gripe, obviamente também com a gratuitidade das vacinas para pessoas acima dos 65 anos», salientou o responsável.
De acordo com o pneumologista, não é apenas a população com mais de 65 anos que se vacina contra a gripe nesta altura do ano, é também a população com doenças crónicas ou profissionais de saúde. Nestes setores, a vacinação «também aumentou significativamente e isso foi também resultado das campanhas».
Ao nível da pneumonia, Carlos Robalo Cordeiro falou em «números assustadores, sobretudo acima dos 65 anos, em que a diferença é enorme acima ou abaixo dessa idade. Portanto, na população mais idosa e se caminharmos para grupos etários mais avançados, é ainda mais gritante a repercussão na mortalidade, nomeadamente ao nível hospitalar».
«É acima dos 75, dos 80 e dos 85 a principal causa de morte nos hospitais. Pensa-se que possam morrer por dia cerca de 20 pessoas por dia com pneumonia em Portugal, o que é um peso bastante significativo» revelou o pneumologista.
Fonte: SNS