As autoridades sanitárias moçambicanas avançaram hoje que querem assegurar deteção precoce e resposta eficaz a surtos e outros eventos de saúde pública, apostando na formação de profissionais.
“Estes dados [da Formação em Epidemiologia de Campo] servem aqui para traçar estratégias não só políticas, mas para melhorar a questão da detenção precoce e resposta a surtos e outros eventos de saúde pública”, disse a coordenadora nacional do Programa de Formação em Epidemiologia de Campo (FETP), Áurea Banze, que falava à margem da 3ª Conferência Científica do FETP, evento de três dias que decorre em Maputo.
O programa de Formação em Epidemiologia de Campo é uma iniciativa implementada para fortalecer os sistemas de saúde pública.
De acordo com a fonte, até ao momento, o Instituto Nacional de Saúde (INS) formou 68 epidemiologistas de campo do nível avançado, dos quais dois são da Guiné-Bissau, 11 epidemiologistas do nível intermédio e 109 do nível de linha de frente.
“A epidemiologia de campo exige uma abordagem multidisciplinar, onde Governos, profissionais de saúde, cientistas, organizações da sociedade civil e comunidades trabalham lado a lado. A cooperação e a partilha de informação são essenciais para o sucesso das estratégias de saúde pública”, sublinha Banze.
O encontro, que decorre em Maputo, reúne epidemiologistas, investigadores, docentes e parceiros internacionais, num espaço de partilha de evidências científicas e experiências práticas sobre vigilância epidemiológica e resposta a emergências de saúde pública.
O FETP foi estabelecido em agosto de 2010 pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em colaboração com a Direção Nacional de Saúde Pública e a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), com o apoio técnico do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC).