O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho está a estudar a possibilidade de implementar videoconferência no serviço de Obstetrícia para que os acompanhantes das grávidas possam assistir aos partos e consequente internamento, agora limitados devido à Covid-19.
Esta solução está ainda dependente de pareceres da parte informática e da Unidade de Gestão Intermédia (UGI) da Mulher e Criança, revelou hoje à Lusa fonte hospitalar.
Devido ao novo coronavírus, a unidade de saúde executou uma série de medidas para mitigar a sua propagação, pedindo a todos a "melhor compreensão" para as mesmas, apelou.
Na sua página oficial de Facebook, o hospital referiu que a entrada de acompanhantes no serviço de Obstetrícia, que implica internamento e sala de partos, está suspensa.
Após o nascimento da criança, o pai da mesma poderá entrar por um período de 10 minutos, respeitando as regras de contacto social, sublinhou, acrescentando que esta permissão se aplica entre as 08:00 e as 22:00.
A unidade de saúde avançou que para partos que aconteçam depois das 22:00, o pai só poderá visitar o bebé a partir das 08:00 do dia seguinte.
Já quanto a consultas e exames, que estão a ser cancelados em todos os hospitais do país, as de obstetrícia mantêm-se, mas com restrições aos acompanhantes, disse a fonte.
Além destas, mantêm-se ainda todas aquelas tidas como urgentes e prioritárias, frisou.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.