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Covid-19: Associações da região de Coimbra consideram insuficientes medidas de apoio às empresas

LUSA
17-03-2020 18:51h

Quatro associações empresariais do interior do distrito de Coimbra disseram hoje que as medidas do Governo de apoio às empresas afetadas pela pandemia do novo coronavírus são insuficientes.

“Vimos desta forma demonstrar a nossa preocupação referente às medidas tomadas pelo Governo no âmbito do Covid-19, as quais consideramos francamente insuficientes para a maioria dos empresários”, afirmam em comunicado as associações de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares.

Na nota conjunta, a Associação Empresarial Serra da Lousã, a Associação Empresarial de Poiares, o Clube de Empresários de Miranda do Corvo e o Núcleo Empresarial de Penela “representam mais de 3.000 empresários, com um volume de negócios aproximadamente de 900 milhões de euros”, sublinham.

As associações reclamam do Governo “um pacote de medidas urgentes de apoio às empresas”, realçando que os apoios em vigor são insuficientes.

“Uma vez que 80% das empresas são microempresas, com até cinco trabalhadores e volume de negócios até 200 mil euros por ano, o encerramento das escolas e situações em que os colaboradores tenham que se confinar em casa vão afetar o seu funcionamento ao ponto de serem obrigados a encerrar, situação que na maior parte das vezes se vai transformar num encerramento total da atividade”, acrescentam.

Os empresários exigem “saber com o que podem contar no final do mês, de forma a ficarem mais descansados”.

“Exigimos que o Governo estabeleça rapidamente um pacote de medidas de apoio específicas e declare o estado de emergência para que o controlo e erradicação desta pandemia seja o menos demorado possível”, referem ainda.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.

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