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Covid-19: Madeira pede colaboração de militares e polícias na execução de novas medidas

LUSA
17-03-2020 18:29h

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, pediu hoje a colaboração dos militares e das polícias na "execução das novas medidas de mitigação" face à pandemia de Covid-19, informou a Presidência do executivo regional.

Miguel Albuquerque esteve reunido, esta tarde, na Quinta Vigia, sede da Presidência do Governo Regional, no Funchal, com os representantes das Forças Armadas e das forças de segurança no arquipélago, nomeadamente Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A reunião aconteceu na sequência da confirmação do primeiro caso positivo de Covid-19 na região, anunciado esta manhã por Miguel Albuquerque, bem como de novas medidas restritivas no âmbito do plano de contenção do novo coronavírus.

Entre as novas medidas consta o fim de todas as atividades de animação e recreação turísticas na região autónoma e o reforço da restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e demais espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.

"O líder madeirense fez questão de concertar essas medidas com os representantes das Forças Armadas e das polícias, como forma de solicitar a colaboração de todos para que essas medidas, bem como as que já vinham de trás - como a quarentena [para quem chega do exterior], o fim de ajuntamentos, controlos dos restaurantes e espaços de animação, entre outras - se possam tornar efetivas, em prol da Saúde e da segurança dos madeirenses e porto-santenses", informa a Presidência do Governo Regional em comunicado de imprensa.

O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago foi detetado na noite de segunda-feira (16 de março) numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março e se encontrava hospedada num hotel no Funchal.

O coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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