As urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, reabriram hoje às utentes, após o encerramento inesperado no sábado e o condicionamento do serviço no domingo.
Segundo o Portal do SNS, o serviço de urgência reabriu às 08:30 de hoje, informação confirmada à agência Lusa por uma fonte oficial da Unidade Local de Saúde Almada Seixal.
Durante o dia de domingo e até às 08:30 de hoje, as urgências destas especialidades apenas recebiam os casos encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
De acordo com as escalas publicadas no portal do SNS, não se prevê, até domingo, o encerramento do serviço do Hospital Garcia de Orta, que funciona no âmbito do projeto-piloto, que implica um contacto prévio das utentes com a linha SNS 24.
Hoje estão encerradas, na Península de Setúbal, as urgências destas especialidades no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e no Hospital São Bernardo, em Setúbal.
O Ministério da Saúde anunciou no sábado o encerramento inesperado da urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta devido à falta de médicos para assegurar as escalas, obrigando à deslocação das utentes para hospitais de Lisboa por inexistência de resposta na Península de Setúbal.
“Este fim de semana, sem que nada o fizesse prever, e à última hora, os médicos prestadores de serviços que asseguram regularmente que as populações da Península de Setúbal têm o serviço que lhes é devido, manifestaram a sua indisponibilidade”, afirmou o ministério em comunicado.
No comunicado de sábado, a tutela recordava que a ULS Almada/Seixal tinha garantido que estava em curso um processo de contratação de médicos para assegurar o regular funcionamento da Urgência de Obstetrícia e Ginecologia e que até já tinham contratado alguns profissionais, enquanto outros estavam “em processo de contratação”.
O Hospital Garcia de Orta tem mantido todas as escalas da Urgência a funcionar com médicos do quadro, mas também com recurso a alguns prestadores de serviços, sendo que estes últimos se mostraram agora indisponíveis.
O ministério da Saúde lembra que o Governo anunciou recentemente uma nova legislação “que pretende acabar com injustiças e com os privilégios de alguns tarefeiros que, sendo remunerados muito acima dos seus colegas do SNS, não assumem outros horários que não considerem ser totalmente convenientes”.