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OMS defende principal agência de saúde dos Estados Unidos

LUSA
07-09-2025 19:38h

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) defendeu hoje a principal agência de saúde dos Estados Unidos, abalada pela demissão da sua diretora, Susan Monarez, que tem visto a sua credibilidade a ser minada pela administração Trump.

Em comunicado, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que “o trabalho dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos tem sido inestimável e deve ser protegido”.

“Nenhuma instituição é perfeita, e são necessárias melhorias contínuas para garantir que as mais recentes descobertas científicas são aplicadas em tempo real aos desafios emergentes”, argumentou.

Em apenas alguns meses, o secretário da Saúde norte-americano, Robert Kennedy Jr., conduziu a uma ampla reformulação das agências de saúde e da política de vacinação no país, demitindo especialistas de renome, restringindo o acesso às vacinas contra a covid-19 e cortando o financiamento para o desenvolvimento de novas vacinas.

Susan Monarez foi demitida por Kennedy Jr. após ter estado menos de um mês no cargo.

Monarez alegou, através dos seus advogados, que foi forçada a sair após se ter recusado a seguir “orientações não científicas e perigosas” do secretário de Estado.

Tedros Adhanom Ghebreyesus realçou a “parceria estreita e duradoura” entre a OMS e o CDC.

Na passada segunda-feira, nove antigos funcionários do CDC alertaram para a política de saúde pública da Administração Trump, afirmando que Kennedy Jr. estava “a colocar em perigo a saúde de todos os americanos”.

Poucas horas depois de ter tomado posse, em janeiro, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para retirar o país -- historicamente o maior doador -- da OMS. O processo de saída do organismo das Nações Unidas demora um ano.

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