Entre as medidas concretas para apoiar as empresas e pessoas mais afetadas pela interrupção da atividade económica associada à suspensão de linhas aéreas, ao encerramento de bares, de restaurantes, pelas medidas de isolamento, a Reserva Federal (Fed) vai apoiar créditos automóveis e imobiliários e conceder empréstimos a empresas.

O objetivo é impedir dificuldades no reembolso dos empréstimos, o que acelera os danos económicos causados pelo coronavírus.

Em comunicado, a Fed explicou que criou uma nova linha de financiamento de créditos de curto prazo, uma medida utilizada pela última vez durante a crise financeira de 2008.

"O mercado de dívida a curto prazo tem sofrido maior tensão nos últimos dias, com as empresas e as famílias confrontadas com maior incerteza face à epidemia de coronavírus", afirmou o banco central.

A Fed não pode emprestar diretamente a particulares e empresas, mas pode invocar poderes de emergência para facilitar empréstimos e incentivar a concessão de novos créditos.

Para proteger a Fed de perdas de crédito com esses empréstimos, o Tesouro vai conceder 10 mil milhões de dólares através de um Fundo de Estabilização.

Esta decisão parece ter tranquilizado o mercado. A bolsa nova-iorquina passou da hesitação com que iniciou a sessão para ganhos expressivos às 15:45 (hora de Lisboa), com o índice Dow Jones a registar uma subida de 2,68% e o Nasdaq de 4,40% após a divulgação do comunicado.

A administração Trump também deverá apresentar ao Congresso um programa de apoio no valor de 850 mil milhões de dólares para apoiar os setores que estão a entrar em recessão devido ao coronavírus e para tranquilizar os mercados.