O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) voltou a alertar para a discriminação dos médicos de ciências forenses e os do Serviço Nacional de Saúde, adiantando que estão preenchidos 63 dos 215 lugares do quadro do Instituto de Medicina Legal.
Em comunicado difundido este sábado, o SIM refere que “somente 10 dos assistentes graduados” vão ser integrados no quadro, havendo uma “discriminação em relação aos médicos do SNS”, dado que este mês foram lançados concursos para 1.300 assistentes, 100 assistentes graduados e 300 assistentes graduados Sénior.
Em todas as reuniões entre o sindicato, governantes e direção do Instituto Nacional de Medicina legal e Ciências Forenses (INMLCF) “foi feita a promessa pelo governo de solidificar a carreira médica e de promover a abertura dos concursos públicos para o preenchimento de postos de trabalho de especialistas de Medicina Legal”.
Segundo o sindicato, a explicação para a não contração de médicos “advêm dos entraves postos a estes procedimentos pelos responsáveis governamentais da área da Administração Pública e Finanças”.
“Tamanha injustiça”, critica o sindicato, “explica que muitos médicos legistas tenham abandonado a Carreira Médica aumentando com a sua falta os constrangimentos no seio do instituto que se vêm tornando do domínio público”.
No final de junho os médicos do Instituto de Medicina Legal realizaram dois dias de greve com uma adesão, segundo dados dos sindicatos de quase 100%.
O SIM reitera o pedido para se reunir com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.