Os alunos dos ensinos básico e secundário vão ter mais tempo para se inscrever nas provas finais e exames nacionais, depois de o Ministério da Educação alargar os prazos, e podem fazê-lo a partir de casa.
Numa nota enviada aos diretores, o Júri Nacional de Exames (JNE), responsável pela gestão do processo de avaliação externa, informa que as escolas deverão disponibilizar boletins de inscrição que os alunos possam preencher em formato digital, deixando de ser necessária a inscrição presencial.
A decisão é anunciada na sequência da suspensão das atividades letivas em todos os estabelecimentos de ensino até dia 13 de abril.
Na mesma nota, a tutela informa que o prazo de inscrição para as provas finais de ciclo e exames nacionais dos ensinos básico e secundário, que deveria terminar no dia 24 de março, é agora prolongado até dia 03 de abril, permitindo que os alunos tenham mais tempo para se inscrever.
Além de pedir a distribuição dos boletins de inscrição digitais, o JNE pede igualmente às escolas que acompanhem todo o processo de inscrição e que mantenham contacto com os encarregados de educação, incluindo no caso de os alunos ainda não se terem inscrito, sugerindo também que os diretores possam optar por outros modos de inscrição que considerem mais adequados.
O JNE sublinha, no entanto, que estas alterações não dispensam a entrega presencial do boletim de inscrição assinado pelos encarregados de educação, que poderá ser feita quando forem retomadas as atividades letivas.
À semelhança das inscrições nos exames nacionais, também o requerimento para aplicação de adaptações na avaliação externa (como provas em ‘braille’ ou em formato digital) poderá ser preenchido e submetido remotamente, devendo o documento original ser igualmente entregue assim que retomadas as aulas.
As atividades letivas presenciais de todos os estabelecimentos de ensino, desde creches a politécnicos, estão suspensas desde segunda-feira, para conter a pandemia em Portugal.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.