SAÚDE QUE SE VÊ

COVID-19: Balcão móvel passa a distribuir medicamentos e bens essenciais em Macedo de Cavaleiros

LUSA
17-03-2020 16:18h

O balcão móvel que levava serviços públicos à população de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, passa a distribuir medicamentos e bens essenciais a quem precisa, informou hoje a câmara municipal.

A medida insere-se no plano de contingência da Covid-19 e, depois de ter encerrado ou limitado espaços e serviços ao público, o município transmontano decidiu reativar o Balcão Móvel em moldes diferentes.

A viatura passa agora, segundo explica a autarquia, “a entregar bens de primeira necessidade e medicamentos nas freguesias do concelho, de modo a evitar deslocações das populações, e em especial dos grupos de risco”.

“Estamos convictos de que esta decisão contribui para a mitigação desta pandemia e para a defesa da saúde dos macedenses”, considera o presidente da autarquia, Benjamim Rodrigues.

Enquanto se justificar, face ao estado de alerta em que o país se encontra, “a carrinha do Balcão Móvel irá levar às freguesias bens de primeira necessidade e medicamentos, conforme as necessidades apresentadas por cada munícipe”.

Aqueles que necessitarem desta ajuda, “devem dirigir-se ao presidente de junta ou união de freguesia dando conta dos bens essenciais e medicamentos de que necessita, de forma a concentrar neste a listagem de todas as necessidades da freguesia”, de acordo com as orientações municipais.

 “As listagens serão posteriormente comunicadas à câmara que irá elaborar a rota de distribuição em função das solicitações”, explicou o presidente.

À semelhança dos restantes municípios do distrito de Bragança, Macedo de Cavaleiros também encerrou todos os serviços, equipamentos e espaços públicos.

O autarca esclareceu que os trabalhadores municipais em funções nos serviços essenciais, quando não seja possível o recurso ao teletrabalho, vão trabalhar em sistema de rotatividade e/ou desfasamento de horários de trabalho.

Os restantes trabalhadores são temporariamente dispensados do dever de assiduidade e pontualidade, devendo evitar deslocações e o contacto social e ficando obrigados a permanecer nas suas residências para evitar focos de contágio.

O surto de Covid-19 começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O coronavírus responsável pela pandemia infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

 

MAIS NOTÍCIAS