SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Jordânia aplica novas medidas para combater a propagação do vírus

LUSA
17-03-2020 15:57h

O Governo da Jordânia ordenou hoje que a população ficasse em casa, como parte de uma série de medidas para impedir a disseminação do novo coronavírus no país, que também inclui a proibição da impressão de jornais.

O vice-ministro da Comunicação da Jordânia, Amjad Adaileh, disse numa conferência de imprensa que as medidas entrarão em vigor na quarta-feira, quando instituições e órgãos públicos também encerrarão, exceto aqueles que são "vitais".

Todos os funcionários do setor público e privado devem permanecer em casa e não sair, “exceto em casos de necessidade urgente", com exceção dos que trabalham no setor da saúde e outros considerados necessários, explicou Adaileh.

As unidades do exército também serão colocadas na entrada e saída das cidades para impedir a circulação de pessoas entre as cidades.

O Governo também proibiu a impressão de jornais, considerando que os impressos "contribuem para a transmissão da pandemia".

Adaileh afirmou que o executivo não descarta a aplicação da lei marcial, o que permitiria às autoridades adotar medidas adicionais, incluindo a suspensão das leis comuns.

A Jordânia já havia tomado outras medidas perante a pandemia do novo coronavírus e esta semana fechou todas as escolas, institutos e universidades por um período de quinze dias e proibiu orações em igrejas e mesquitas.

Além disso, suspendeu há três dias todos os voos de e para o país e cerca de 5.000 jordanos foram repatriados nas últimas 24 horas e ficaram em quarentena.

Os cidadãos estrangeiros que chegaram nos últimos voos para o reino também foram isolados em hotéis no Mar Vermelho para evitar contágio com a população local.

Até agora, a Jordânia registou 35 casos de Covid-19, de acordo com Adaileh.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

MAIS NOTÍCIAS