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Covid-19: Euro2020 também não resiste e deixa Portugal como campeão mais um ano

LUSA
17-03-2020 15:48h

O Euro2020 de futebol não resistiu à pandemia de Covid-19 e foi hoje adiado pela UEFA para 2021, o que deixa Portugal, pelo menos, mais um ano como detentor do troféu.

A ideia ‘romântica’ do francês Michel Platini, que, quando liderava a UEFA, decidiu alargar este Europeu para 12 cidades de 12 países diferentes, como forma de festejar os 60 anos da prova, terá que ser adiada, numa decisão que já era esperada pelo organismo que rege o futebol europeu, numa altura em que quase todos os campeonatos, incluindo o português, estão interrompidos, assim como a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Tudo por causa novo coronavírus.

Esta decisão inédita (desde 1960 nenhum Europeu foi adiado ou cancelado) deixa Portugal como detentor do título durante mais um ano, numa competição que prometia ser complicada para o lado da seleção nacional, logo na fase de grupos.

A formação de Fernando Santos, selecionador desde 2014, foi sorteada no Grupo F, com Alemanha e França, os dois últimos campeões mundiais e seleções que, historicamente, estão ‘habituadas’ a vencer Portugal.

A nível geográfico, a seleção lusa ‘planeava’ passar este verão em Budapeste, onde iria montar o seu ‘quartel general’ e efetuar dois jogos, com uma viagem até Munique pelo meio.

Apesar do adiamento manter a seleção nacional como ‘rei da Europa’ durante mais um ano, o mesmo pode ser ‘cruel’ para alguns dos jogadores mais veteranos, que, se calhar, apontavam o Euro2020 como a última competição ao serviço de Portugal.

Em 2021, Pepe já terá 38 anos, José Fonte atingirá os 37 e Ronaldo fará 36.

Para esta competição, 19 países apresentaram a sua candidatura, numa lista em que Portugal esteve ausente, embora tenha chegado a considerar integrar Lisboa e Porto, possibilidade que acabou por não avançar, por decisão dos executivos das duas cidades.

Inicialmente, 13 cidades de 13 países foram selecionadas (Amesterdão, Baku, Budapeste, Bucareste, Bilbau, Bruxelas, Londres, Munique, Glasgow, Roma, São Petersburgo, Copenhaga e Dublin), mas a capital belga acabou por ‘cair’, em dezembro de 2017, devido a atraso nas obras de um novo estádio, passando Londres a receber mais jogos.

Num concurso em que apenas foram aceites estádios com capacidade para 60 mil espetadores ou mais, Minsk, Sófia, Skopje, Jerusalém, Estocolmo e Cardiff acabaram por ficar de fora.

Sendo assim, o agora Euro2021 vai decorrer em 12 cidades, de 12 países, de 11 de junho a 11 de julho do próximo ano, com os jogos das meias finais e final a serem disputados em Londres e o inaugural em Roma, capital do país europeu mais afetado pela pandemia.

Cada um dos seis grupos tem uma zona geográfica atribuída com duas sedes (por exemplo, o Grupo A, que terá jogos apenas disputados em Roma ou em Baku) e as seleções que tenham cidades organizadoras, como Itália, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Rússia, Países Baixos e Inglaterra irão jogar, pelo menos, duas vezes em casa, na primeira fase.

Na sua história, o Europeu, que foi organizado por Portugal em 2004, decorreu por três vezes em mais do que um país, com Bélgica e Holanda a juntarem-se em 2000, seguindo-se a Áustria e a Suíça, em 2008, e a Polónia e a Ucrânia, em 2012.

Também pela primeira, a 16.ª edição do Campeonato da Europa vai ter a utilização do videoárbitro (VAR).

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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