A Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (AEFMUP) lançou uma plataforma com dicas de estudo e práticas de exercício físico para os estudantes, por forma a “combater o isolamento social” motivado pela Covid-19.
Em comunicado, a FMUP avança hoje que os estudantes “foram exímios a fazer o diagnostico e a prescrever a receita” contra o isolamento social provocado pelo surto, ao criarem a plataforma “Corona And…”.
“Para evitar que as muitas horas passadas em casa se traduzissem num total desespero, trataram de criar uma plataforma que pretende ser uma espécie de guia para estes dias que se avizinham”, explica a instituição.
A plataforma reúne, por isso, artigos informativos, dicas de estudo e até sugestões para os momentos de descontração: “tudo, para fazer sem ter de sair de casa”, salienta a FMUP.
Paralelamente, a plataforma disponibiliza cursos ‘online’ e vídeos para “aprender, debater e explorar diferentes áreas do conhecimento médio”, mas não só, também vídeos para exercitar o corpo e promover a saúde e o bem-estar.
“Nesta secção [uma das oito que a plataforma disponibiliza], os desportistas futuros médicos da FMUP vão também partilhar o seu testemunho de como é possível conjugar a vida académica com o desporto de alta competição”, esclarece a FMUP.
Citado no comunicado, Nuno Ferreira, presidente da associação de estudantes, adianta que esta iniciativa é “extremamente importante para os estudantes”, especialmente nesta que é uma “altura difícil para todos”.
“Numa altura difícil para todos como a que estamos a viver, consideramos que, até por uma questão de saúde mental, é crucial que os estudantes sintam que é possível manter a rotina, mesmo dentro de casa”, afirma.
Além das atividades anteriormente referidas, a ‘Corona And…’ disponibiliza também uma seleção de música e torneios de videojogos, como o 'Fifa0 ou o 'Pacman'.
“O objetivo é sempre o mesmo: ficar em casa a adaptar a rotina”, recorda a FMUP.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.