O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, votou favoravelmente ao adiamento do campeonato da Europa em um ano, para 2021, devido à pandemia de Covid-19, anunciou hoje o organismo federativo.
“O organismo que superintende o futebol europeu decidiu, esta terça-feira, após reunião com as 55 federações filiadas, adiar a realização do Euro2020 até ao próximo ano devido ao impacto da pandemia de Covid-19. O presidente da FPF, Fernando Gomes, votou favoravelmente esta decisão”, lê-se no sítio federativo na Internet.
O Euro2020, edição comemorativa dos 60 anos do campeonato europeu, que estava marcado para ser disputado entre 12 de junho e 12 de julho, em 12 cidades de 12 países diferentes, vai manter o formato, mas vai decorrer entre 11 de junho e 11 de julho de 2021.
Portugal, que defende o título conquistado no Euro2016, integra o Grupo F, juntamente com França, Alemanha e um adversário proveniente dos ‘play-offs’.
O Comité Executivo da UEFA adiou a fase final do torneio continental também para permitir a conclusão dos campeonatos nacionais dos vários países europeus, cuja esmagadora maioria está suspensa, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.
“O adiamento da competição vai igualmente permitir a todos os países ajustarem os calendários das competições nacionais que estão presentemente interrompidos devido ao impacto da pandemia global. Foi eleito um comité com todas as partes representadas para tomar essas decisões”, esclarece a FPF.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.