A cidade brasileira de São Paulo vai passar a estar em situação de emergência por causa da pandemia do novo coronavírus, segundo um decreto assinado hoje pelo prefeito Bruno Covas.
O decreto estabelece várias medidas para facilitar a compra de bens e serviços destinados ao combate da Covid-19 e abriu caminho para a possibilidade de suspensão de alguns serviços públicos não essenciais.
São Paulo, maior cidade do Brasil, onde vivem cerca de 12,2 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um dos principais focos de contaminação por coronavírus do país.
Na última segunda-feira, o estado brasileiro do Rio de Janeiro entrou em estado de emergência devido à Covid-19 e o governo local anunciou que fechará ao público, a partir de hoje, os seus principais locais turísticos, como o Corcovado e o Pão de Açúcar.
O governador estadual do Rio de Janeiro Wilson Witzel reiterou, numa conferência de imprensa, a importância de seguir as recomendações das autoridades, num apelo aos jovens e àqueles que "não entenderam que estão a tentar evitar mais mortes como as que estão a ocorrer em Itália, Espanha e Coreia do Sul".
Em relação às medidas adotadas nos restaurantes, o governador aconselhou os habitantes do Rio de Janeiro a optarem por entregas ao domicílio ou a comprarem comida e levá-la para casa, de forma a evitar aglomerações de pessoas.
Hoje o Brasil registou a primeira morte causada pelo novo coronavírus, no estado de São Paulo. Ainda não há detalhes sobre as circunstâncias da morte.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.