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Nações Unidas alertam para agravar de praga de gafanhotos em África

LUSA
17-03-2020 15:13h

A praga de gafanhotos em África continua a agravar-se, sendo já a pior registada no Quénia em 70 anos e na Etiópia e Somália em mais de 25, alertou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas.

A praga alastrou nos últimos meses a outros países africanos como a Eritreia, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda, agravando os riscos numa zona onde mais de 13 milhões de pessoas vivem já em situação de insegurança alimentar, disse hoje, em conferência de imprensa, a porta-voz do PAM, Elizabeth Byrs.

De acordo com esta responsável, a invasão de gafanhotos está a comprometer as principais colheitas anuais de maio e junho em alguns países, pedindo, por isso, a ajuda da comunidade internacional para prevenir uma catástrofe humanitária.

“O custo para responder aos problemas de insegurança alimentar que acontecerão mais tarde seria 15 vezes maior do que o de prevenir a expansão da praga agora”, sublinhou.

Em países como o Sudão do Sul, também assolado por uma guerra civil, o PAM lançou programas de prevenção e ajuda a 5 milhões de pessoas afetadas, mas as necessidades financeiras destes programas ascendem a mais de 208 milhões de dólares (quase 190 milhõe de euros) adicionais, disse.

Um enxame de gafanhotos do deserto pode concentrar até 150 milhões destes insetos por quilómetro quadrado e é capaz de consumir colheitas capazes de alimentar 35 mil pessoas.

Os enxames movem-se com grande rapidez, podendo percorrer 150 quilómetros por dia, o que dificulta as medidas de controlo, segundo o PAM.

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