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Covid-19: São João da Madeira cria serviço de entrega de medicamentos e bens essenciais a idosos

LUSA
17-03-2020 14:54h

O município de São João da Madeira anunciou hoje a criação de uma equipa específica para entrega de medicamentos e bens de primeira necessidade a idosos e inválidos, mediante solicitação prévia de cidadãos mais vulneráveis à Covid-19.

Após a implementação de uma série de medidas de contenção da pandemia já na semana passada, e de hoje também dispensar a população da necessidade de pagar o estacionamento à superfície até 09 de abril, a autarquia do distrito de Aveiro anunciou agora a constituição de uma rede de apoio à comunidade sénior e com debilidades físicas.

"A câmara municipal tem preparado um plano para entregar em casa bens de primeira necessidade e medicação a pessoas idosas ou com incapacidades e em situação de isolamento e sem retaguarda familiar comprovada", anuncia.

O serviço abrange produtos de mercearia, medicação e outros bens de primeira necessidade, e estará disponível em dias úteis, das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00, mediante solicitação prévia telefónica à Divisão de Ação Social e Inclusão do Município.

Os pedidos serão sujeitos a "validação da real necessidade deste apoio" e, nos casos em que isso se comprove, técnicos da Câmara ou de outras entidades ligadas à Rede Social do concelho farão depois a compra e entrega dos produtos solicitados, em horários a combinar.

"O beneficiário fará o pagamento dos bens deixando o dinheiro correspondente ao valor da compra numa bolsa plástica que lhe será entregue com o recibo das compras efetuadas, salvaguardando-se sempre a ausência de contacto pessoal", diz a autarquia.

O objetivo é "promover a permanência em casa, como aconselhado pela Direção-Geral de Saúde" para conter a propagação da pandemia.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180.000 pessoas, das quais mais de 7.000 morreram e 75.000 recuperaram.

O surto começou em dezembro na China, que regista a maioria dos casos, e espalhou-se entretanto por mais de 145 países e territórios. Na Europa há mais 67.000 infetados e pelo menos 2.684 mortos, a maioria dos quais em Itália, Espanha e França.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos. Há ainda a assinalar mais 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardam resultado laboratorial.

Do total de cidadãos infetados em Portugal, três recuperaram.

O país está em estado de alerta desde sexta-feira, tendo o Governo colocado os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

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