"Todos os países, sem exceção, devem tomar medidas mais audaciosas para travar ou diminuir a ameaça do vírus", afirmou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em declarações feitas a partir de Copenhaga (Dinamarca).

“Cada país é diferente”, disse, no entanto, o representante da OMS Europa, enfatizando que as medidas, as respostas de cada Estado, devem ser ajustadas às realidades nacionais.

A OMS Europa, que abrange uma área que vai do oceano Atlântico ao Pacífico, integra 53 países e territórios tão diversos como Rússia, Andorra, Alemanha ou Tajiquistão, incluindo Portugal.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou, até à data, mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Face ao avanço da pandemia, vários países, incluindo na Europa e na zona da União Europeia (UE), adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Perante "a maior crise sanitária global do nosso tempo”, segundo classificou na segunda-feira a OMS, a organização internacional defendeu a realização de “um teste por cada caso suspeito” de Covid-19.

Lembrando que, neste momento, existem mais casos de infeção e mortes no resto do mundo do que na China, onde o surto foi inicialmente detetado, a OMS Europa referiu que o continente europeu está em “à alerta e deve continuar vigilante”.