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Covid-19: João Aroso deixou Marrocos e está de regresso a Portugal

LUSA
17-03-2020 14:44h

O selecionador de Marrocos de futebol de sub-20, o português João Aroso, que desde domingo tentava deixar o país norte-africano, já está em Espanha, para regressar a Portugal.

“Não me deixaram entrar no barco das 06:00 [horas locais, 07:00 em Lisboa], tive de ir para a delegação de Ceuta do governo espanhol solicitar uma autorização, que acabou por não ser necessária. Apanhei o barco das 11:30, cheguei a Algeciras, onde aluguei um carro e estou em viagem para Huelva”, explicou o técnico, descrevendo a ‘saga’ para regressar a Portugal.

No sábado, o governo marroquino suspendeu os voos internacionais para evitar a propagação do novo coronavírus.

Questionado pela Lusa, Aroso disse não se ter apercebido da presença de outros portugueses no porto de Ceuta.

As autoridades de Ceuta encerraram o tráfego de passageiros às 00:00 de hoje para tentar controlar a propagação do novo coronavírus.

Marrocos decretou o encerramento de fronteiras, sendo apenas permitido o trânsito de mercadorias, que prossegue normalmente, e o transporte de doentes que necessitem de tratamento em Espanha.

João Aroso, de 47 anos, já dirigiu a seleção de sub-15 portuguesa e o Sporting B, além de ter estado no AEK Atenas, com Fernando Santos, e no Sporting e na seleção 'AA', com Paulo Bento.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

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