O Euro2020, que deveria decorrer entre 12 de junho e 12 de julho e no qual a seleção portuguesa defende o título, foi adiado para 2021, devido à pandemia de Covid-19, informou hoje a Federação Norueguesa de Futebol.
De acordo com o organismo federativo norueguês, a fase final do torneio continental vai disputar-se entre 11 de junho e 11 de julho de 2021, sem precisar se se manterá o modelo de disputa em 12 cidades de 12 países, como estava previsto para acontecer este ano.
O Comité Executivo da UEFA, que ainda se vai reunir hoje, após encontros com representantes de federações, ligas, clubes e jogadores, ainda não divulgou qualquer informação relativamente ao adiamento do Euro2020.
Esta será a primeira vez, em 60 anos de história, que um Campeonato da Europa é adiado.
Portugal, vencedor do Euro2016, é o atual campeão e iria defender o título este verão, mas, como esta decisão, deverá manter-se mais um ano como o detentor do mais importante troféu de seleções na Europa.
A seleção nacional foi sorteada no Grupo F, que abrange as cidades de Budapeste e Munique, e iria defrontar este ano a França e a Alemanha, os dois últimos campeões mundiais, assim como um dos apurados dos ‘play-offs’, que estavam agendados para o final deste mês.
O jogo de estreia da 16.º edição do Campeonato da Europa estava marcado para 12 de junho, em Roma, capital do país europeu mais afetado pelo surto do novo coronavírus.
As meias-finais e final irão decorrer em Londres, no Estádio do Wembley, numa Inglaterra que também está a ser ‘vítima’ do surto do Covid-19.
Baku, São Petersburgo, Bucareste, Amesterdão, Bilbau, Glasgow, Dublin e Copenhaga são as restantes cidades europeias que vão acolher os jogos.
Caso a UEFA confirme as novas datas de 11 de junho a 11 de julho de 2021, o organismo continental poderá também ter que ‘mexer’ na fase final da segunda edição da Liga das Nações, agendada para o início de junho desse ano.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.