O número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje às 12:00, desde 01 de janeiro foram registados 4.030 casos suspeitos.
Segundo a DGS, há 323 (eram 374) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.
Os dados indicam que dos 448 casos confirmados, 206 estão internados, dos quais 17 (menos um) em unidades de cuidados intensivos.
Mais de metade (242) dos doentes estão a recuperar em casa.
A DGS informa que houve um total 3.259 casos de suspeitos que deram resultado negativo no teste.
De acordo com o boletim, há 6.852 (mais 2.260) contactos em vigilância pelas autoridades de saúde e o número de cadeias de transmissão subiu para 19 (eram 18).
Entre os doentes infetados estão três crianças (um menino e duas menina) com idades até aos nove anos, 13 rapazes e 19 raparigas com idades entre os 10 e os 19 anos, e 55 jovens com idades entre os 20 e os 29 anos.
Existem 17 casos de doentes infetados acima dos 80 anos e 35 entre os 70 e os 79.
É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registam mais casos (93), segundo o boletim da DGS, que indica a existência de 88 casos entre os 30 e 39 anos e 73 casos entre os 50 e os 59 anos.
Há ainda registo de 52 casos entre os 60 e 69 anos.
A região Norte é aquela que regista o maior número de casos confirmados (196), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (180), da região Centro (51) e do Algarve (14). Há um caso nos Açores.
O boletim da DGS indica que não há casos na Madeira nem no Alentejo, mas, entretanto, as autoridades madeirenses já confirmaram a existência de um caso no arquipélago.
Os dados da DGS apontam que 18 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 17 de Itália, 13 de França, oito da Suíça, um de Andorra, um da Bélgica, um da Alemanha e Áustria, um dos Países Baixos e outro do Reino Unido.
Segundo a DGS, um em cada três doentes (33%) positivos ao novo coronavírus apresentam tosse, 27% febre, 19% dores musculares, 17% cefaleia, 14% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.