O ministro da Saúde da Serra Leoa, Austin Demby, disse hoje no parlamento que o surto de varíola no país, que já provocou 11 óbitos nos 2.045 casos registados desde o início do ano, é um “problema nacional”.
No início de maio, as autoridades sanitárias tinham registado nove mortes e 1.140 casos neste país da África Ocidental e só no domingo foram confirmados 165 novos casos, segundo um relatório publicado na segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
“A Serra Leoa é um país muito resistente que passou por momentos difíceis. Tivemos o Ébola, lidámos com a covid-19 e agora temos o mpox (...) Vamos lidar com isto”, disse o ministro aos deputados.
A doença, causada por um vírus da mesma família da varíola, manifesta-se principalmente através de febre alta e do aparecimento de lesões cutâneas conhecidas como vesículas.
Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo (RDCongo) em 1970, a doença esteve durante muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.
Em 2022, começou a espalhar-se pelo resto do mundo, nomeadamente nos países desenvolvidos onde o vírus nunca tinha circulado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acionou o seu nível de alerta máximo em 2024 para esta epidemia.