A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 41 anos suspeito do crime de violência doméstica sobre a mulher e os filhos, no concelho de Leiria, ao qual foi determinada prisão preventiva.
Segundo a Procuradoria da República da Comarca de Leiria, o homem, em 29 de abril, tinha sido sujeito a primeiro interrogatório judicial “fortemente indiciado pela prática, em autoria material e em concurso efetivo, de quatro crimes de violência doméstica”.
Na ocasião, foi determinado ao arguido, além do termo de identidade e residência, a obrigação de se apresentar uma vez por semana em posto policial, proibição de contactar, por qualquer meio, com os quatro ofendidos e à proibição de se deslocar ao local de trabalho e residência da mulher.
“(…) Por, ao longo do corrente mês, ter violado grosseiramente a medida coativa de proibição de contactos com as vítimas, bem como a de proibição de frequentar ou permanecer na residência e no local de trabalho da vítima, sua esposa”, foram emitidos mandados de detenção ao arguido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, executados na segunda-feira.
A Procuradoria adiantou que o homem neste período também “praticou atos subsumíveis aos crimes de violação de domicílio, introdução em lugar vedado ao público, furto qualificado e dano, todos eles relacionados com as vítimas”.
Perante a conduta do arguido, o MP concluiu que as medidas de coação que lhe tinham sido impostas “não se mostraram suficientes para acautelar o perigo de continuação de atividade criminosa”, além de que o perigo se mostrava acentuado.
Assim, na sequência do segundo interrogatório judicial ao arguido, e no seguimento de promoção do MP, o juiz de instrução criminal determinou, na terça-feira, que o homem aguardasse o desenvolvimento do inquérito em prisão preventiva.
A investigação prossegue sob a direção do MP do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria com a coadjuvação do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas da GNR de Leiria.
Num comunicado, a GNR referiu que o alegado agressor “exercia violência física, psicológica e ameaças contra a vítima, sua companheira, de 33 anos”.