O Instituto Robert Koch, entidade de saúde detida pelo governo alemão, subiu hoje para “alto” o risco do novo coronavírus para a população no país, um risco que “varia de região para região”.
Lothar Wieler, presidente do organismo público, sublinhou hoje em conferência de imprensa o grande dinamismo da pandemia e o forte aumento do número de casos como motivo.
A Alemanha tem adotado medidas restritivas para tentar travar a propagação da doença.
Além de fronteiras controladas, as escolas e jardins de infância foram encerrados, tal como bares, discotecas, pubs e parques infantis. Restaurantes e cafés só podem estar abertos até às 6 da tarde.
Para o presidente do Instituto Robert Koch, as medidas adotadas são “absolutamente justificadas” e os próximos dias vão mostrar se funcionam.
De acordo com o balanço mais recente, feito segunda-feira ao final da tarde, há 6.012 casos confirmados de infeção em todo o país, com a maior quantidade concentrada no estado da Renânia do Norte-Vestefália.
Registam-se 13 vítimas mortais no país.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos (em 27.980 casos), a Espanha com 309 mortos (9.191 casos) e a França com 127 mortos (5.423 casos) são os países mais afetados na Europa.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.