Em comunicado, a ULSAS explica que, com a retoma da energia, foi possível manter hoje a atividade normal de consulta externa, bem como a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica no Hospital Garcia de Orta.

A atividade cirúrgica programada não urgente, por seu turno, poderá sofrer condicionalismos por fatores aos quais a ULSAS diz ser alheia, por estarem relacionados com fornecedores externos.

No caso das unidades de cuidados de saúde primários, as mesmas retomaram a sua atividade normal, à exceção da USF Torre da Marinha, que se mantinha fechada, reabrindo a meio da manhã de hoje.

A Unidade Local de Saúde Almada-Seixal adianta que todas as consultas não realizadas nos cuidados de saúde primários serão reagendadas a breve trecho.

Na segunda-feira, a ULSAS tinha anunciado que os centros de saúde estariam encerrados e seriam canceladas as consultas não urgentes programadas para o Hospital Garcia de Orta devido ao apagão que afetou o país.

Em comunicado, que a Lusa recebeu pelas 20:15, a ULS Almada-Seixal (ULSAS) explicava que a situação seria reavaliada às primeiras horas da manhã de terça-feira, altura em que seria feito novo ponto de situação.

Na sequência do “apagão”, a ULSAS ativou o Gabinete de Crise e o seu Plano de Contingência.

O recurso a geradores que alimentam a totalidade do HGO, a ativação da central de cogeração e a adoção de medidas de contingência locais, relacionadas com o conforto térmico e com a iluminação dos espaços, permitiram manter toda a atividade assistencial no hospital.

A ULSAS adianta que deu ainda resposta aos utentes com patologia crónica sob cuidados respiratórios domiciliários, que necessitaram de energia para alimentar os equipamentos.

“É em momentos de crise, em que tudo e todos somos postos à prova, que ganha ainda mais relevância o papel das equipas. Agora que a situação está a retomar a normalidade, importa referir que a ULSAS mostrou estar preparada para dar resposta a um corte de energia total. A prontidão e a excelência das equipas da ULSAS na implementação de medidas de contingência permitiram manter a atividade assistencial no Hospital Garcia de Orta sem quebras, o que é de louvar”, frisa Pedro Correia Azevedo, presidente do Conselho de Administração.

Em comunicado, Pedro Correia Azevedo deixa ainda uma “palavra de agradecimento aos municípios de Almada e do Seixal, que vieram pessoalmente disponibilizar apoio" e um agradecimento aos utentes pela compreensão perante a situação vivida.

A Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) integra o Hospital Garcia de Orta e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal, no distrito de Setúbal, dando resposta a 350 mil habitantes.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, situação que continua sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do “apagão”.

O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje que o serviço está totalmente reposto e normalizado.