O Hospital de São João, no Porto, vai hoje manter o plano de contingência ativo “mas numa escala menor”, e está a reagendar o que foi cancelado na segunda-feira devido ao apagão geral.
Em resposta à agência Lusa, fonte do hospital acrescentou que a atividade programada já arrancou esta manhã.
“Continuamos com o plano de contingência ativo mas numa escala menor. A atividade programada de hoje já arrancou e o que foi cancelado ontem [segunda-feira] já está a ser reagendado pelas nossas equipas”, referiu a fonte.
Na segunda-feira, o Hospital de São João ativou o plano de contingência e suspendeu a atividade programada e não prioritária.
Fonte do hospital explicou que a capacidade de resposta dos geradores estava dependente da gestão do combustível disponível.
Os geradores de emergência serviram para alimentar áreas prioritárias, como o bloco operatório para intervenções cirúrgicas urgentes e a Unidade de Cuidados Intensivos.
Também hoje, em resposta à Lusa, fonte da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho indicou que a situação está “totalmente regularizada”.
“Estamos a iniciar o processo de remarcação, em articulação com a área clínica, da atividade adiada ontem [segunda-feira]”, indicou a fonte.
Cenário idêntico no hospital de Santo António, também no Porto, onde fonte desta instituição indicou à Lusa que hoje “tudo está a funcionar normalmente”.
Já no Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto), algumas das 28 cirurgias adiadas na segunda-feira estão hoje já a ser realizadas.
“E as restantes vão ser efetuadas nos próximos dias”, garantiu à Lusa o presidente da instituição, Júlio Oliveira, acrescentando que “centenas de consultas adiadas também que estão já a ser reagendadas”, contando ter “até ao final da manhã” um plano de reagendamento dos exames complementares de diagnóstico.
“Nem tudo será possível esta semana, mas cada situação será avaliada e gerida de acordo com a prioridade clínica. Tudo o que tiver de ser resolvido com prioridade imediata será feito”, disse Júlio Oliveira.
Em declarações hoje à agência Lusa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, assegurou que “os hospitais e centros de saúde estão com condições, em termos de fornecimento e abastecimento, para funcionarem normalmente”.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.