O Exército israelita libertou hoje onze prisioneiros palestinianos que foram transferidos diretamente para o Hospital Europeu de Khan Yunis, sul de Gaza, disse à agência EFE o diretor de enfermagem do centro hospitalar.
De acordo com Saleh al Hams, o diretor de enfermagem do hospital de Khan Yuniu, os detidos estavam de boa saúde e já abandonaram a instalação.
Trata-se do quarto grupo a ser libertado por Israel no último mês, depois de ter quebrado o cessar-fogo a 18 de março.
Este grupo que se encontrava detido em Israel entrou no enclave através da passagem de Kerem Shalom, no extremo sudeste de Gaza, e foi transferido para o Hospital Europeu num veículo do Comité Internacional da Cruz Vermelha, indicou a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
Imagens divulgadas pelo Gabinete de Comunicação Social dos Prisioneiros (Asra), a associação de detidos ligada ao Hamas, mostram que as pessoas libertadas são um grupo de homens jovens e de meia-idade.
O primeiro grupo, que regressou ao enclave a 10 de abril, era composto por dez homens idosos que, segundo o Hamas, mostravam sinais de terem sido fisicamente maltratados na prisão.
Quatro dias mais tarde, um segundo grupo de 10 homens, com idades entre os 30 e os 50 anos, foi libertado no enclave.
No dia 20 de abril, um terceiro grupo de dez detidos foi libertado e passou pelo mesmo hospital do sul do enclave.
A maioria das pessoas libertadas foi detida no norte de Gaza durante o cerco israelita à zona, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, quando o cessar-fogo entrou em vigor.
O Exército ainda não se pronunciou sobre o motivo da libertação deste último grupo de detidos.
No verão de 2024, a agência de informações internas de Israel (Shin Bet) comunicou que tinha de libertar alguns prisioneiros para conseguir mais espaço nas prisões, uma vez que o número de detenções tinha aumentado desde o início da ofensiva contra Gaza.
Em Israel continuam presos 1.750 palestinianos de Gaza, detidos ao abrigo da lei do encarceramento de combatentes ilegais.
Israel detém indivíduos sem acusação ou julgamento, num modelo semelhante às detenções administrativas que aplica aos cidadãos da Cisjordânia.