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Covid-19: Airbus anuncia suspensão temporária da produção em França e Espanha

LUSA
17-03-2020 09:09h

A Airbus anunciou hoje a "suspensão temporária" da sua produção por quatro dias em França e em Espanha, com o objetivo de estabelecer "condições estritas" de segurança para garantir a saúde dos funcionários diante da epidemia de Covid-19.

"Isso deixará tempo suficiente para implementar" medidas de higiene, distanciamento e limpeza para garantir a segurança e a saúde dos funcionários", acrescentou o grupo de aviação num comunicado, acrescentando que o trabalho a partir de casa será maximizado.

Essas medidas fazem parte do programa de contenção decretadas pelos Governos espanhol e francês na tentativa de conter a epidemia do novo coronavírus.

Na França, a transferência de casa para o local de trabalho é autorizada "se o teletrabalho não for possível".

A Espanha é o segundo país mais afetado da Europa, com 9.191 casos, incluindo 309 mortos, e o Governo alertou que a contenção da população pode durar.

O fabricante aeronáutico "trabalha com os seus clientes e fornecedores para minimizar o impacto dessa decisão nas operações", afirmou.

A Airbus indica que essas medidas serão "implementadas a nível local em coordenação com os parceiros sociais".

A Airbus emprega 48.000 pessoas na França, onde o A320 e o A330, A350 e A380 são montados em Toulouse, além de helicópteros em Marignane. O grupo aeronáutico e de defesa também possui fábricas na região de Paris, Saint-Nazaire e Nantes.

Em Espanha, emprega 2.700 pessoas em Getafe, Toledo, Albacete e monta aviões de transporte militar, incluindo o A400M, em Sevilha.

Vários gigantes industriais, especialmente na indústria automóvel, já tomaram medidas para limitar ou suspender sua produção.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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