O Centro de Saúde do Ramalhal, um investimento de 1,6 milhões de euros (ME) no concelho de Torres Vedras, é inaugurado na sexta-feira no âmbito do programa comemorativo do 25 de Abril neste município.
A autarquia investiu 1,6 milhões de euros (ME) na construção e a Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste 161 mil euros na aquisição de mobiliário e equipamento, sendo os investimentos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, confirmaram as duas entidades à agência Lusa.
O equipamento, construído junto ao novo centro escolar da freguesia, dispõe de salas de espera, gabinetes de atendimento clínico, salas de tratamento, espaços de apoio (vestiários, depósitos de material administrativo e material clínico e terapêutico, copa/sala de pessoal e sala de reuniões) e áreas técnicas.
Em 2020, foi estabelecido um acordo para a melhoria das instalações das extensões de saúde de São Pedro da Cadeira, Ramalhal, Runa/Dois Portos e A-dos-Cunhados entre o município e a então Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
Com a extinção das ARS, o acordo foi atualizado, passando as responsabilidades da ARSLVT para a Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste.
A câmara municipal é responsável pelo lançamento dos concursos públicos e por executar as empreitadas, enquanto à ULS do Oeste cabe apetrechar as unidades com equipamento médico, informático e mobiliário. A elaboração dos projetos é repartida pelas duas entidades.
No início deste mês, a câmara municipal lançou concurso de 2,1 ME para efetuar obras num antigo ginásio adquirido pela autarquia e transformá-lo em centro de saúde em A-dos-Cunhados.
A empreitada, financiada pelo PRR, tem um prazo de execução de 10 meses.
“A decisão teve em conta a limitação física das atuais unidades de saúde de A-dos-Cunhados e Maceira, as diversas dificuldades de acessibilidade aos edifícios e a necessidade de uma nova unidade de saúde que proporcione uma resposta de qualidade na prestação de cuidados de saúde primários, médicos e de enfermagem, mas também no atendimento e no acolhimento aos utentes”, explicou a autarquia na ocasião.
Pensada para servir os 14 mil utentes, a futura unidade de saúde vai dispor de novas valências, como a medicina física e de reabilitação ou saúde oral e mental e terá “maior capacidade resolutiva dos cuidados primários, disponibilizando meios complementares de diagnóstico e terapêutica de baixa complexidade”.
Em março, foi lançado o segundo concurso público para a construção do centro de saúde de Runa em terreno municipal naquela freguesia, com um custo de 2,5 ME e prazo de execução de um ano.
A empreitada, financiada pelo PRR em 1,3 ME e por um empréstimo de 1,6 ME contraído pelo município, prevê a edificação de uma nova unidade de saúde “para substituir edifícios desadequados” e servir uma população de 7.000 utentes.
A construção de novas instalações tem como objetivos “modernizar os serviços de saúde de proximidade e reduzir as desigualdades ao nível da capacidade assistencial na rede pública de cuidados primários de saúde”, contribuindo ainda para qualificar as instalações e os equipamentos e assegurar condições de acessibilidade, qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais.
Em São Pedro da Cadeira, as obras para transformar o antigo jardim-de-infância em centro de saúde estão terminadas há vários meses, num investimento de mais de meio milhão de euros. Da parte da ULS Oeste, equipamentos e mobiliário estão instalados, faltando apenas a instalação da rede informática, para a unidade abrir ao público, disse à Lusa a administradora Elsa Baião.