Pelo menos 1.350 detidos escaparam de três estabelecimentos prisionais no estado de São Paulo, no Brasil, o mais populoso do país, após uma série de motins motivados pelas restrições às visitas devido à pandemia da doença Covid-19.
De acordo com a Polícia Militar brasileira, citada pela agência espanhola Efe, pelo menos 400 presos fugiram do estabelecimento prisional de Mongaguá, 926 fugiram da prisão de Mirandópolis e os restantes 30 de Taubaté.
As autoridades também avançaram que há motins noutros estabelecimentos prisionais, cujo número total de reféns ainda não é conhecido.
Os prisioneiros manifestaram-se contra as restrições impostas às visitas e saídas temporárias das prisões, medidas adotadas para prevenir a propagação da pandemia da doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos (em 27.980 casos), a Espanha com 309 mortos (9.191 casos) e a França com 127 mortos (5.423 casos) são os países mais afetados na Europa.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.