A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) realizou, pela primeira vez, uma gastroenterostomia guiada por ecoendoscopia, “um importante passo” na abordagem terapêutica de doentes com obstruções do trato gastrointestinal superior.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a ULSCB refere que o serviço de Gastrenterologia assinalou “um avanço significativo na área da ecoendoscopia terapêutica” ao realizar, pela primeira vez, este procedimento clínico.
“Este procedimento minimamente invasivo representa um importante passo na abordagem terapêutica de doentes com obstruções do trato gastrointestinal superior”.
Segundo a médica responsável pelo procedimento, a técnica consiste na criação de uma comunicação direta entre o estômago e o intestino delgado, recorrendo à imagem de ecoendoscopia.
“Esta abordagem está indicada sobretudo em casos de obstrução causada por patologia oncológica ou outras condições que impedem a drenagem normal dos alimentos a nível gastroduodenal”, explicou Ana Caldeira.
A médica salienta ainda que, ao evitar a necessidade de cirurgia, esta abordagem oferece uma alternativa segura, eficaz e com menores índices de morbilidade, reduzindo tempos de internamento e promovendo uma recuperação mais célere, particularmente relevante em doentes com elevado risco cirúrgico ou com doença oncológica avançada.
Segundo a ULSCB, a nível nacional “são muito poucos os centros” que realizam esta abordagem.
“Ao adotar técnicas endoscópicas de última geração, o serviço de Gastrenterologia reforça a sua capacidade de resposta em contextos clínicos complexos, contribuindo para uma resposta mais qualificada e humanizada aos desafios clínicos atuais”, refere.