SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: San Francisco impõe recolher obrigatório para cerca de 7 milhões de pessoas

LUSA
17-03-2020 08:16h

Seis condados na baía de San Francisco, no estado norte-americano da Califórnia, vão obrigar os 6,6 milhões de habitantes a ficarem em casa a partir de hoje e os estabelecimentos “não essenciais” a encerrar.

A presidente da autarquia, London Breed, declarou, em conferência de imprensa, que “a nova ordem de saúde pública requer aos residentes de San Francisco que permaneçam em casa, com exceções para saídas essenciais”.

Na sua intervenção, considerou que “estas medidas podem interromper a vida diária, mas não há necessidade de entrar em pânico”.

A partir da meia-noite local, San Francisco vai requerer que as pessoas fiquem em casa, exceto para satisfazerem necessidades essenciais.

Os serviços essenciais, como polícia, transportes públicos, bombeiros, hospitais, recolha de lixo, estabelecimentos de venda de produtos alimentares, estações de combustíveis, bancos e farmácias, entre outros, vão permanecer abertos.

O chefe do Departamento de Saúde Pública de San Francisco, Grant Colfax, afirmou que a ordem era “uma nova fase de resposta”, perante o aumento de contágios pelo novo coronavírus, que produz a doença Covid-19.

A decisão foi anunciada depois de o Presidente norte-americano ter garantido hoje, em conferência de imprensa, que por enquanto não pondera declarar uma quarentena nacional.

O supervisor do condado de San Francisco, Norman Yee, pediu à população para acatar a medida. “Nós podemos dar ordens, mas se não forem seguidas são inúteis”, disse, também na conferência de imprensa.

A mencionada ordem, que vai durar duas semanas, mas pode ser ampliada para três, insta aos agentes da polícia local que garantam a sua aplicação.

Na área da baía registaram-se já mais de 250 casos do novo coronavírus, mais de metade dos quais registados nos últimos quatro dias.

A Califórnia, segundo os últimos registos do Departamento de Saúde estadual, conta com 335 casos do novo coronavírus, incluindo seis mortes.

MAIS NOTÍCIAS