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Partos assistidos em unidades médicas moçambicanas cresceram 93% desde 1985 - PR

LUSA
07-04-2025 13:17h

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, disse hoje que os partos assistidos em unidades médicas cresceram de 29% em 1985 para 93% em 2024, contribuindo para a redução do índice de mortalidade maternoinfantil no país.

"Reduzimos os casos de mortalidade materna de 1.062 por 100 mil nados vivos em 1997 para os atuais 40 por 100 mil nados vivos. Esta redução, que é saudada até pela Organização Mundial da Saúde (...), é fruto da implementação de sistema de vigilância e resposta aos casos de morte materna, com o aumento das casas 'mãe espera', nos nossos centros de saúde, para as mulheres grávidas, e a cobertura de partos institucionais de 29%, em 1985, para 93% em 2024", disse o chefe de Estado, durante as comemorações do dia da mulher moçambicana, em Cabo Delgado.

Segundo o dirigente, além da saúde, houve ainda um desenvolvimento significativo no acesso à educação das mulheres e rapariga no país, "com destaque para o ensino primário onde a taxa de participação das raparigas é de 49,9%".

"Estamos a caminhar para 50% raparigas e 50% rapazes ao nível do ensino primário", afirmou Chapo.

Um estudo divulgado em agosto de 2023 apontava que a mortalidade infantil em Moçambique caiu para 39 óbitos por mil nascimentos.

O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizado em conjunto com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde, refere que a taxa de mortalidade infantil (número de crianças que morreram antes de completar um ano de vida por cada mil nascidas vivas), nos últimos cinco anos, foi o mais baixo dos quatro IDS já realizados no país, tendo em conta os 135 em 1997, os 101 em 2003 e os 64 em 2011.

O dia da mulher moçambicana em 07 de abril foi instituído em homenagem à heroína nacional Josina Machel, combatente pela liberdade de Moçambique e segunda esposa de Samora Machel, o primeiro presidente do país. 

Além das comemorações ao dia da mulher, o evento em Cabo Delgado, marca ainda o início das comemorações dos 50 anos da independência com a partida de uma marcha e uma tocha, a partir daquela província do norte do país para percorrer todo o território durante 79 dias, até chegar a Maputo, em 25 de junho. 

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