Segundo dados do Governo, 47% das crianças timorenses com menos de 5 anos sofre de má nutrição crónica, 8,6% de desnutrição aguda, 32% tem peso abaixo do previsto e deficiência de vitamina A, ferro e iodo.

“Este problema envergonha-nos. Afeta a nossa dignidade. Por isso, temos de lutar para garantir um futuro melhor para as nossas crianças. Vamos empenhar-nos para reduzir estes números”, afirmou o vice-primeiro-ministro e também ministro do Desenvolvimento Rural.

Mariano Assanami Sabino falava aos jornalistas no aeroporto de Díli, após ter regressado de Paris, onde participou na Cimeira da Nutrição para o Crescimento.

Nas declarações, o vice-primeiro-ministro salientou que o Governo está comprometido em combater a má nutrição e está a reforçar a coordenação entre vários setores, incluindo o agrícola, com vista ao aumento da produção.

“As famílias de agricultores e os jovens precisam de se esforçar”, afirmou Assanami Sabino, sublinhando que vai ser lançado um movimento com o objetivo de cultivar alimentos “altamente nutritivos”.

O vice-primeiro-ministro pediu também às instituições e famílias que assumam o compromisso de proteger as crianças, que “representam um futuro da Nação”.

“Investir nas crianças é investir no futuro do país”, disse.

Assanami Sabino disse também que durante a sua estada em Paris reuniu-se com o Presidente francês, Emmanuel Mácron, com quem discutiu a cooperação bilateral.

O Governo de Timor-Leste lançou em março um Plano de Ação Nacional Multissetorial de Nutrição, que visa reduzir o atraso no crescimento infantil - que afeta quase metade das crianças timorenses com menos de 5 anos -, para 25% em seis anos.