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Sociedade civil moçambicana alerta para urgência no combate à desnutrição infantil

LUSA
31-03-2025 18:43h

Um grupo de organizações da sociedade civil em Moçambique alertou hoje para a urgência no combate à desnutrição infantil no país, agravada por fatores climáticos e de segurança, quando se assinala o dia da saúde e nutrição.

"A situação [de desnutrição infantil] é ainda mais preocupante em regiões afetadas por conflitos armados, eventos climáticos extremos e pobreza, fatores que agravam a insegurança alimentar no país", lê-se num relatório do Depositório Digital sobre Direitos Humanos, coordenado pelo MISA (Instituto para os Media da África Austral) Moçambique e que reúne conteúdos sobre direitos humanos desenvolvidos por várias organizações não-governamentais moçambicanas.

Hoje, dia da saúde e nutrição, a sociedade civil avança que 36,7% das crianças moçambicanas sofrem de desnutrição crónica e 3,8% de desnutrição aguda, o que destaca, entre outros, a urgência no combate a este mal e necessidade de promover "políticas eficazes" para garantir o acesso a alimentos nutritivos para todos.

Em outubro, o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional moçambicano (SETSAN) anunciou que o país registou uma redução nos níveis de desnutrição crónica de 10% na última década, mas o problema ainda afeta três milhões de pessoas.

“Estamos a falar de uma redução nos últimos dez anos de cerca de 10% (...), mas o desejável era que não tivéssemos desnutrição crónica, disse a secretária executiva do SETSAN, Leonor Mondlane, durante uma cerimónia que assinala o dia Mundial da Alimentação.

 

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