Mais de 300 pessoas morreram vítimas da cólera em Angola desde 07 de janeiro, num total de 8.141 casos em 14 províncias, anunciou o Ministério da Saúde.
Segundo o último boletim epidemiológico referente a 20 de março, o país registou 191 novos casos e mais 15 óbitos, nomeadamente seis no Cuanza Norte, Luanda (06), Icolo e Bengo (02) e Bengo (01).
A província angolana do Cuanza Norte, que em menos de uma semana somou 33 óbitos, e nas últimas 24 horas registou 59 novos casos, constitui a maior preocupação das autoridades centrais e locais.
Desde o início do surto, foi reportado um total cumulativo de 8.141 casos, sendo 4.026 na província de Luanda (epicentro da doença), Bengo (2.428), Icolo e Bengo (796), Cuanza Norte (357), Benguela (194), Malanje (181), Zaire (44), Cuanza Sul (36), Cabinda (33), Huambo (22), Uíje (15), Huíla (07), e as províncias do Cunene e Cubango com um caso cada.
Ocorreram desde o início da epidemia 313 óbitos, dos quais 151 em Luanda, 92 na província do Bengo, 33 no Cuanza Norte, 21 no Icolo e Bengo, Benguela (07), Malanje (04), Cuanza Sul (03) e Zaire e Cabinda com um óbito cada.
As autoridades angolanas decretaram uma cerca sanitária na localidade do Luinha, município do Cazengo, na província do Cuanza Norte, onde se regista um aumento de casos de cólera nos últimos dias.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, na noite de quinta-feira, em Luanda, que a província do Cuanza Norte registou, na última semana, 40% dos óbitos de cólera e conta com a maior taxa de letalidade.
Pelo menos 925.026 habitantes dos 98 bairros mais afetados nos municípios de Cacuaco (Luanda), Sequele (Icolo e Bengo), Dande, Úcua, Panguila e Nambuangongo (Bengo) foram vacinados contra a cólera.
Sílvia Lutucuta deu conta também que Angola recorreu ao Grupo Coordenador Internacional de Vacinas de Emergência e foi autorizada a adquirir mais de um milhão de doses de vacina para as áreas mais afetadas, que já se encontram no país desde 17 de março.