Em comunicado, o SJ "recomenda aos órgãos de informação que recorram ao teletrabalho ou, no caso de isso não ser possível, que estabeleçam equipas de trabalho quinzenais e que os trabalhadores de cada uma dessas equipas não se cruzem entre si", salientando tratar-se de "uma medida de prevenção básica, que respeita a indicação de que o novo coronavírus tem um período de incubação de 14 dias".

Pede também "às administrações e às direções dos órgãos de informação que avaliem diariamente os riscos a que os seus jornalistas estão expostos no cumprimento das suas funções".

O SJ sublinha ainda ser "fundamental que as redações estejam munidas das proteções necessárias, como luvas e máscaras, gel desinfetante e álcool para usar em computadores, teclados e outro material de trabalho, bem como proteções para microfones".

O SJ "saúda os jornalistas que têm cumprido o seu dever de informar e que, ao fazê-lo, estão a correr riscos" e "exorta os jornalistas e as empresas de comunicação social a serem claros e responsáveis na cobertura informativa do novo coronavírus, contribuindo para o esclarecimento da população".

O sindicato que representa os jornalistas salienta que os profissionais "devem concentrar-se em facultar aos cidadãos informações factuais e verificadas, evitando o sensacionalismo, que pode gerar o pânico e o alarme social", apontando que a Carta de Ética Global para Jornalistas da Federação Internacional de Jornalistas "deve ser uma referência em tempos de incerteza como este".

Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada com o novo coronavírus, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido.

Trata-se de um homem de 80 anos, que tinha "várias patologias associadas" e estava internado há vários dias, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.

Em Portugal, 331 pessoas foram infetadas até hoje com o vírus da pandemia Covid-19, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.