O primeiro-ministro Xanana Gusmão afirmou hoje que Timor-Leste quer fazer parte da “história de sucesso” da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e elogiou a abordagem “centrada nas pessoas” da organização.
“Timor-Leste aspira, acima de tudo, fazer parte da abordagem centrada nas pessoas da ASEAN. Uma abordagem que permite uma ampla participação pública e apropriação dos assuntos da ASEAN, que aumenta a riqueza per capita, que melhora a esperança de vida e os resultados na saúde e na educação, retirando milhões de pessoas da pobreza”, disse Xanana Gusmão.
O chefe do executivo timorense discursava na abertura de um seminário que juntou, em Díli, vários peritos da rede de universidades da ASEAN e representantes e reitores dos 19 estabelecimentos de ensino superior timorense para trocar conhecimentos, aprofundar a cooperação e ajudar Timor-Leste a garantir a qualificações de excelência nos cursos universitários.
“Aquela transformação tem sido alcançada através da construção de confiança entre os países da ASEAN e da promoção da estabilidade, unidade e paz na nossa região, formando uma comunidade unida por um compromisso comum como a tolerância, a amizade e a cooperação”, salientou Xanana Gusmão.
Mas, segundo o primeiro-ministro timorense, para aquela transformação, Timor-Leste depende dos “recursos humanos” e do “desenvolvimento do potencial humano”, que o Governo identificou como áreas “prioritárias de investimento”.
Os peritos da rede de universidades da ASEAN estão a analisar formas de ajudar a reforçar o papel da Agência de Acreditação Académica timorense, a promover instituições com qualificações de excelência na oferta formativa, que permita no futuro a mobilidade de estudantes, e também na produção de quadros qualificados e no estabelecimento de cooperação entre universidades.
Segundo o ministro do Ensino Superior timorense, José Honório, o seminário vai contribuir para a “melhoria das qualificações académicas do país”.
“Timor-Leste é uma nação jovem e precisamos de aprender, especialmente se queremos integrar a ASEAN. Esta rede é também crucial para as nossas universidades, pois permite-lhes comunicar e apoiar-se mutuamente no setor da educação”, sublinhou.