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BE/Açores questiona “elevado número” de cesarianas nos Açores

LUSA
05-03-2025 16:31h

O deputado único do BE/Açores, António Lima, questionou hoje o Governo Regional sobre o “elevado número” de cesarianas registadas na região em comparação com o continente, e quer perceber quais os motivos.

O deputado aponta que o BE “está preocupado com o elevado número de cesarianas nos Açores e quer explicações do Governo”, uma vez que dados recentes mostram que a taxa de cesarianas na região “é muito superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde e também significativamente superior à que se verifica no continente”.

O partido da oposição refere, em nota de imprensa, que os relatórios e contas dos hospitais dos Açores “revelam uma elevada taxa de cesarianas: 42% em 2021, 41% em 2022 e 43% em 2023”.

“No Serviço Nacional de Saúde, de acordo com os relatórios da Entidade Reguladora da Saúde, nos mesmos anos, a taxa de cesarianas foi sempre inferior a 32%, o que mostra uma diferença muito significativa”, diz o partido, que submeteu ao parlamento dos Açores um requerimento sobre esta matéria.

Segundo o BE/Açores, “é importante ter em conta que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ‘desde 1985, a comunidade médica internacional considera a taxa ideal de cesariana entre 10% e 15%’”.

“Ou seja, os Açores apresentam em média mais 27 pontos percentuais do que a taxa ideal de cesariana”, afirma o BE.

O Bloco diz que “é importante perceber quais os motivos que estão a contribuir para uma elevada taxa de cesarianas nos Açores”, sendo que “esta tendência parece manter-se em 2025, tendo em conta os dados relativos aos partos realizados em janeiro no Hospital da Ilha Terceira”, que apontam para 57%.

Aquela força política quer dados detalhados sobre os partos realizados nos hospitais dos Açores e questiona quais as diligências que têm sido tomadas de modo a combater a taxa de cesarianas na região.

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