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Música clássica pode acalmar a frequência cardíaca do feto - Estudo

Lusa
05-02-2025 11:17h

A música clássica pode acalmar a frequência cardíaca do feto, o que potencialmente pode resultar em benefícios para o seu desenvolvimento, de acordo com um estudo realizado por investigadores mexicanos.

No estudo publicado pela Chaos participaram 36 grávidas e foram tocadas duas composições de música clássica: ‘O Cisne’, do francês Camille Saint-Saëns, e ‘Harpa de Ouro’, do mexicano Abundio Martínez.

Investigadores da Universidade Autónoma do Estado do México, da Universidade Autónoma Metropolitana, do Hospital Geral Nicolás San Juan e do Instituto Nacional de Cardiologia Ignacio Chávez estudaram o efeito nos batimentos cardíacos fetais, noticiou na terça-feira a agência Efe.

As medições típicas da frequência cardíaca são uma média de vários batimentos ao longo de vários segundos, enquanto a variabilidade da frequência cardíaca mede o tempo entre batimentos individuais.

Este último pode fornecer informações sobre a maturação do sistema nervoso autónomo fetal, uma vez que uma maior variabilidade indica, geralmente, um desenvolvimento saudável.

O estudo descobriu que, no geral, “a exposição à música resultou em padrões de frequência cardíaca fetal mais estáveis e previsíveis”, de acordo com Claudia Lerma, uma das coautoras.

Investigadores sugeriram também que a música clássica pode ajudar a promover o desenvolvimento fetal.

As alterações na dinâmica da frequência cardíaca fetal ocorrem instantaneamente em flutuações de curto prazo, pelo que os pais podem considerar a possibilidade de expor os seus fetos a música suave, de acordo com Alonso Abarca-Castro, outro dos autores do estudo.

A equipa de investigação também estudou as diferenças entre as duas peças clássicas e, embora ambas fossem eficazes, descobriram que a melodia da guitarra mexicana teve um efeito maior.

‘Harpa de Ouro’ pareceu ter um impacto mais forte em algumas medidas, indicando que produziu padrões de frequência cardíaca mais previsíveis e regulares”, explicou Abarca-Castro.

O investigador considerou que fatores como características rítmicas, estrutura melódica ou familiaridade cultural podem estar relacionados com esta diferenciação.

A equipa planeia continuar a estudar este efeito com diferentes géneros e tipos de música e uma amostra maior de pessoas.

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