Os serviços de urgência da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra atenderam na última semana (06 a 12 de janeiro) 5.046 utentes, numa média diária de 721 pessoas, menos do que na semana anterior.
De acordo com dados divulgados hoje por aquela estrutura, na semana de 30 de dezembro a 05 de janeiro, os serviços de urgência registaram 5.117 admissões (731 episódios diários) e 597 internamentos.
Apenas o número de internamentos subiu na última semana para 609.
Em comunicado, a ULS de Coimbra referiu que face ao aumento de pressão sobre o internamento, ocorreu um alargamento progressivo do número de camas da enfermaria de contingência para doentes respiratórios nos Hospitais da Universidade de Coimbra até um total de 26 (valor atual).
Segundo a nota, o plano de contingência prevê uma capacidade até 58 camas, conforme necessário.
"Face à manutenção da pressão assistencial no Serviço de Urgência, foram reforçadas as equipas no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra", salientou ainda a ULS, que abrange 21 concelhos.
O serviço de urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra, polo principal da ULS, liderou o número de admissões com 2.744 atendimentos, seguido do Hospital Pediátrico com 1.077, Serviço de Urgência Básica de Arganil com 584, as duas maternidades de Coimbra com 442 e o Hospital Geral (Covões) com 199.
Segundo o comunicado, o tempo médio de espera para triagem foi de 19 minutos e para observação médica 71 minutos (os valores variam consoante a hora do dia e prioridade atribuída), similares aos da semana anterior.
"A integração de cuidados entre os centros de saúde e os hospitais tem sido chave para manter a eficiência e a qualidade dos serviços, garantindo uma articulação fluida que permite responder à crescente procura", lê-se na nota.
Na terça-feira, a ULS de Coimbra ativou o nível 2 do Plano de Contingência para os cuidados de saúde primários devido ao elevado número de admissões relacionada com infeções respiratórias nos centros de saúde - 2.056 atendimentos (294 por dia), que se traduz num crescimento de 41% na última semana face ao período de 30 de dezembro a 05 de janeiro.
A passagem para este nível impôs a reorganização das agendas médicas para 80% das consultas de situações agudas no próprio dia e o alargamento do horário aos sábados e dias úteis, além da manutenção dos apoios do Centro de Diagnóstico Pneumológico e do Edifício São Jerónimo (análises clínicas).