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PS/Madeira critica "colapso" no serviço de saúde da região

Lusa
15-01-2025 17:04h

O PS/Madeira considerou hoje que o Sistema Regional de Saúde está “em colapso” e criticou a direção desta estrutura por ter recusado uma visita de elementos do partido às Urgências do Hospital do Funchal, para “esconder o caos”.

“Nós temos um Sistema Regional de Saúde que está em colapso e precisa de cuidados intensivos”, disse o líder socialista madeirense, Paulo Cafôfo, em conferência de imprensa à entrada do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Cafôfo censurou a direção do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) “por ter recusado uma visita requerida pelo grupo parlamentar do PS ao Serviço de Urgência, seguida de reunião com a respetiva direção”, considerando que com esta postura o Governo Regional quer “esconder o caos nas urgências e no setor da Saúde”.

No entender do responsável do PS/Madeira, esta recusa de visita “constitui uma violação da Constituição, já que o Sesaram, enquanto entidade pública, deve submeter-se à fiscalização da Assembleia Legislativa, através dos seus deputados”.

Também apontou que, “ao contrário do que diz o presidente do Governo [o social-democrata Miguel Albuquerque], a falta de medicamentos não é pontual” nas unidades de saúde da região.

Paulo Cafôfo enunciou vários dos problemas que afetam o setor, mencionando “a rutura de medicamentos por falta de pagamento por parte do Governo Regional (inclusive para doentes oncológicos)”, o que classificou de “gravíssimo e criminoso”.

O líder socialista da Madeira referiu ainda a falta de pagamento aos taxistas pelo transporte de doentes e às casas de saúde mental pelo internamento dos utentes, além das situações “que impedem os internamentos, fazem com que se acumulem doentes dias e dias nos corredores das urgências e estão a levar ao adiamento de cirurgias”.

Paulo Cafôfo defendeu a junção das Secretarias da Saúde e da Inclusão e dos Assuntos Sociais num elenco governativo da região, sublinhando que “pode faltar dinheiro para muita coisa, mas não pode faltar para a saúde dos madeirenses”.

O Governo Regional da Madeira admitiu que o internamento em enfermaria está condicionado em dois hospitais da Madeira devido ao número de utentes em situação de alta problemática e à crescente procura nos serviços de urgência, indicou o Serviço de Saúde da Região (Sesaram).

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