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Costa avisou Xi Jinping que é preciso resolver desequilíbrios comerciais

Lusa
14-01-2025 17:17h

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, advertiu hoje o Presidente da China, Xi Jinping, que é necessário “rebalancear os desequilíbrios comerciais e económicos existentes” entre Pequim e o bloco comunitário.

Numa conversa telefónica com Xi Jinping, ambos concordaram que a "cooperação é preferível à competição", segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de António Costa.

Costa e Xi disseram que é necessário encontrar uma resolução com “benefícios mútuos” para a disputa sobre os veículos elétricos.

A Comissão Europeia decidiu colocar impostos adicionais sobre os veículos elétricos chineses, depois de uma investigação feita pelo próprio executivo comunitário concluir que Pequim estava a ajudar as empresas, levando a que o preço destes automóveis fosse mais baixo do que deveria ser. A decisão foi encarada com anticoncorrencial.

O presidente do Conselho Europeu disse ao Presidente da China que é importante “trabalhar em conjunto para resolver os problemas globais, em particular as alterações climáticas”.

Os dois concordaram que uma cooperação mais estreita entre Pequim e os 27 países da União “era um sinal positivo para a paz mundial”.

A divergência entre os dois polos surgiu em relação à Ucrânia, que em fevereiro de 2022 foi alvo de uma invasão russa.

Durante a conversa de hoje, António Costa alertou que nenhum país devia auxiliar a Rússia no conflito, muito menos ajudar Moscovo a contornar as restrições impostas pela União Europeia (UE).

Xi Jinping lembrou que a Rússia é um antigo aliado de Pequim, mas disse que era necessário alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia.

Para este ano está também prevista uma cimeira UE - China, por ocasião do 50.º aniversário das relações diplomáticas entre o bloco comunitário e Pequim. Ainda não há data concreta para a realização da cimeira.

A última cimeira foi em dezembro de 2023, em Pequim, e foi a primeira reunião presencial desde 2019. A pandemia de covid-19 impediu a concretização de outros encontros presenciais.

Já na altura o então presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que, em conjunto com Xi Jinping, o bloco dos 27 e Pequim tinham concordado em respeitar o direito internacional e cooperar para resolver os desafios globais.

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