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Câmara de Cinfães aumenta apoios a médicos para os fixar no concelho

Lusa
10-01-2025 13:54h

A Câmara de Cinfães aprovou, com um novo regulamento, o aumento dos apoios aos médicos para os fixar por mais tempo no concelho, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Armando Mourisco.

“Alterámos o regulamento municipal de apoio à fixação de médicos de família para podermos majorar os apoios a quem queira vir trabalhar e fixar-se por mais tempo no concelho de Cinfães”, afirmou Armando Mourisco.

O presidente do Município de Cinfães, no norte do distrito de Viseu, acrescentou que esta alteração é também para chegar aos médicos que já residem no concelho e que o primeiro regulamento, aprovado em abril de 2022, não abrangia.

“Os médicos já residentes no concelho também passam a receber um incentivo mensal de 200 euros, como forma de reconhecer o valor do seu trabalho e incentivar a sua permanência no concelho”, destacou.

O apoio mensal financeiro de 200 euros que existia para ajudar nas despesas de arrendamento e deslocação, passam a ser de “300 euros, caso o contrato de trabalho tenha duração igual ou inferior a dois anos” e de “600 euros mensais para os contratos superiores a dois anos” de trabalho.

Os apoios serão atribuídos durante a vigência do contrato, com possibilidade de prorrogação anual, até um limite de cinco anos, sendo que no primeiro regulamento, o prazo era de três anos, notou.

“Mas há também um conjunto de regalias para quem cá trabalha, para quem construir casa, isenção de pagamento de taxas relativamente às licenças de obra e construção, beneficiação ou de ampliação”, detalhou.

O regulamento já previa “e mantém a redução em 30% das tarifas de água, saneamento e recolha de resíduos sólidos e o acesso gratuito às piscinas municipais, cobertas e descobertas, para toda a família”.

Assim como “acesso gratuito a espetáculos culturais incluindo o cinema no concelho, apoio jurídico e encaminhamento respetivo em processos motivados por factos que possam ocorrer no exercício de funções”.

O autarca acrescentou que constatou que, apesar de a cobertura de médicos de família ser “quase total e constante, com algumas exceções”, os médicos que chegam ao concelho pela primeira vez, saem na primeira oportunidade.

Com isto, Armando Mourisco, enfermeiro de formação, defendeu que “na altura em que se começa a criar um elo de confiança entre médico e utente, acaba a relação e volta tudo ao início, com o novo médico” de família.

“Nós queremos que as pessoas se sintam bem e confiem no seu médico de família e isso é o tempo que faz, porque isso também dá qualidade de vida, sem andarem sempre em períodos de adaptação a novos médicos e daí aumentarmos e alargarmos os apoios”, sustentou.

 

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