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Comissão Europeia descarta para já necessidade de preparar outra epidemia

Lusa
08-01-2025 12:19h

A Comissão Europeia descartou para já necessidade de preparação para outra epidemia e garantiu que o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) está a monitorizar a situação face aos casos de infeções respiratórias na China.

"Posso assegurar que, de momento, não há necessidade de preparação para outra epidemia", disse a porta-voz da Comissão Europeia para a Saúde, Eva Hrncirova, numa conferência de imprensa em Bruxelas.

Eva Hrncirova acrescentou que estão a ser analisados todos os casos clínicos em países da União Europeia e que o ECDC "está a monitorizar a situação".

"Estamos cientes das notícias e da situação na China", assegurou.

Imagens de hospitais na China repletos de pacientes com mascaras suscitaram preocupações de uma nova pandemia, desta vez do metapneumovírus humano (hMPV), mas autoridades e especialistas descartam essa possibilidade, apontando para um pico sazonal comum.

Nas redes sociais circulam vídeos de salas de espera de hospitais alegadamente sobrelotadas na China.

No entanto, hospitais visitados pela agência Lusa em Pequim não registavam cenários idênticos, enquanto profissionais de saúde negaram a existência de alta pressão hospitalar.

O Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças (CCDC) reconheceu, porém, um aumento do número de doenças respiratórias semelhantes à gripe na China, na penúltima semana de 2024.

Segundo os dados oficiais, cerca de um terço das pessoas afetadas acusou positivo para a gripe, um aumento de cerca de 6%, face ao mês anterior. Entre as pessoas que tiveram de ser internadas no hospital com uma doença respiratória, 18% tinham gripe.

Segundo a mesma fonte, o agente patogénico hMPV ficou em segundo lugar, com uma quota de 6,2% de todos os casos - superior à quota de pacientes infetados com covid-19, rinovírus e adenovírus.

O CDC indicou ainda que 5,4% dos pacientes hospitalizados com sintomas de gripe e constipação testaram positivo para o hMPV.

Ao contrário da covid-19, cujos primeiros casos foram detetados no centro da China no final de 2019, o hMPV existe há décadas e quase todas as crianças são infetadas até ao seu quinto aniversário, segundo os especialistas.

O vírus está presente em todo o mundo desde pelo menos 2001 e pode causar infeções em pessoas de todas as idades, embora estas sejam geralmente ligeiras e não necessitem de assistência hospitalar.

Os sintomas da doença incluem tosse, dor de cabeça, febre, congestão nasal e dificuldade em respirar.

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