Em entrevista à Lusa, Euclides João Correia, delegado regional dos serviços da veterinária, afirmou que no domingo um cão mordeu três pessoas, uma menina de nove anos, um rapaz de 11 e um homem de 44 anos.

Vinte e duas pessoas foram mordidas por cães desde dezembro de 2023, não tendo sido possível confirmar se estavam ou não infetados pela raiva.

“Não temos certeza, porque não temos laboratório aqui em Gabu”, observou João Correia.

Falando do caso mais recente, o delegado da veterinária de Gabu explicou que não foi possível determinar quem é o dono do animal nem saber se está ou não vacinado contra a raiva.

“Passamos receita médica às vítimas para que possam ser vacinadas contra a raiva porque não sabemos quem é o dono do cão”, esclareceu João Correia, acrescentando que o comportamento do cão, de acordo com as vítimas, “indica que poderá ser afetada pela raiva”, disse.

“São agressões fortes. As mordeduras deixam sinais que indicam que será um cão com a raiva”, precisou o médico veterinário.

Euclides João Correia afirmou que a delegacia da veterinária de Gabu tem vacinas para prevenir a raiva no cão sadio, mas já não tem os antídotos para casos de cães doentes que atacam humanos.

Como não foi possível apanhar o cão que tem atacado os humanos, o médico apela às pessoas de Gabu a se manterem vigilantes sobretudo com as crianças nas ruas.

Euclides João Correia aproveitou a entrevista à Lusa para reforçar o seu apelo no sentido de os donos de cães levarem os animais para serem vacinados já que a delegacia da veterinária de Gabu possui 100 doses de vacinas de prevenção da raiva em humanos.

“Em mais de um mês, apenas compareceram aqui quatro cães, que nós vacinamos”, disse Correia, salientando que este é o período de acasalamento de cães em que é fácil um animal infetado com doente transmitir a raiva aos outros.