O Presidente da República defendeu hoje que é essencial haver estabilidade económica, financeira e política em Portugal e insistiu na mensagem de que neste momento o país precisa de "cooperação estratégica reforçada", dada a imprevisibilidade internacional.
Marcelo Rebelo de Sousa discursava no encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, num hotel de Cascais, no distrito de Lisboa.
"Em Portugal, a estabilidade financeira, a estabilidade económica, a estabilidade política são essenciais. São verdadeiramente essenciais, nomeadamente num período em que estamos num contrarrelógio em termos de Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de Portugal 2030. Estamos num contrarrelógio, mesmo com prorrogações, o tempo escasseia, e é mesmo uma oportunidade única, é uma corrida contra o tempo", considerou.
O chefe de Estado referiu que no espaço de um ano Portugal vai ter "dois atos eleitorais nacionais", autárquicas entre setembro e outubro de 2025 e presidenciais no início de 2026, e reiterou que, neste contexto, é fundamental haver "cooperação estratégica" entre órgãos de soberania – mensagem que deixou na quarta-feira perante o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando recebeu cumprimentos de Natal do Governo.
"Isto implica duas consequências óbvias, por estranho que pareça a alguns observadores distraídos. A primeira consequência óbvia é realmente uma solidariedade institucional reforçada, é muito importante. A segunda é uma cooperação estratégica reforçada", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo o Presidente da República, essa cooperação "já tinha sido necessária quando da saída do processo défice excessivo, de saneamento da banca, de enfrentamento da pandemia, e dos resultados da pandemia e dos resultados económicos e financeiros das guerras".
"Agora, soma-se a isso o haver uma imprevisibilidade internacional que tem de ser monitorizada a todo momento", argumentou.